sexta-feira, março 21, 2008

O cosmos humano

Os episódios da vida, vão-se sucedendo uns após os outros.
Ininterruptamente, como se desenrolassem ciclicamente em espirais concêntricas, com uma amplitude maior ou menor da sua circunferência em relação ao seu centro, que somos nós. Nós somos o centro gravitacional da nossa galáxia de planetas e astros. As pessoas assumem a forma de planetas, estrelas, cometas, buracos negros, etc… de acordo com a sua dimensão da sua importância para nós. Dependendo do momento em que estes se encontram e nos graus de proximidade que estabelecem durante as suas vidas. Quer seja por momentos fugazes quer seja por largos períodos de tempo ou mesmo durante toda a vida. Há momentos na vida em que surgem os dejá vues, como se tivéssemos vivido aquele momento anteriormente ou em vidas passadas da nossa existência intemporal. Pode ser que seja mesmo assim e também porque efectivamente já vivemos situações similares, quase idênticas, só que cada um desses episódios análogos, tem contornos diferentes, personagens diferentes, lugares, ruas, terras, que nos fazem crer que a situação é dejá vu. Não fazemos ligação da similaridade das situações atribuindo-lhes outros significados, outras interpretações outras leituras.

O caminho da vida

A vida de cada um, de cada pessoa é como se fosse uma linha que se vai estendendo, crescendo à medida que se vai vivendo. As vidas das pessoas, as suas linhas, vão-se cruzando e descruzando à medida que o tempo vai passando. Surgem nós e emaranhados entre essas linhas, como se fossem as teias de uma aranha, como se fossem as redes dos pescadores, que se têm que se desfazer cada vez que vão para o mar. Os nós que daí resultam, vão-se intrincando e destrincando consoante as relações, as separações, as junções, as amizades que se iniciam ou que acabam, alteram este emaranhado que nunca deixa de evoluir e de assumir outras formas à medida que vivemos. As acções que fazemos, os pensamentos que pensamos, as palavras que falamos, alteram constantemente este conjunto de nós interpessoais comuns a todos. Por vezes, os nós desfazem-se para não se voltarem a unir. Por vezes, entrelaçam-se tão intimamente que nunca se chegam a descruzar. Outras vezes, é apenas um simples nó, que nunca chega a ser complicado, que nunca chega a ser um nó desfeito. Existe apenas. Penso que esta metáfora entre a vida de cada um de nós e as linhas da vida, está relacionada com um conceito budista chamado Tao. Tao é a própria vida, a vida que assume a forma de um caminho. Um caminho no meio da selva, um caminho no interior de uma montanha, uma travessia marítima, um passeio nas ruas empedradas de uma cidade. Os caminhos da vida, também se cruzam e também se separam. Cada opção que tomamos é uma viragem à direita, à esquerda ou em frente, tudo depende de nós. Tudo depende das nossas escolhas, das nossas decisões. Temos que ter consciência dos caminhos que queremos palmilhar na nossa vida. Com os carreiros ou as estradas que se cruzam connosco. Com o grau de proximidade ou distância que queremos manter. O que importa é avançar. Tomando as decisões certas ou erradas, não é importante. Se nos metermos a caminho pela estrada da vida, temos que seguir em frente, olhar pouco para trás, esquecer os obstáculos ultrapassados, as dificuldades sentidas. Se queremos continuar, chegar a bom porto, descansar o descanso merecido após a longa caminhada, temos que continuar a viver até ao fim. Sem nos lamentarmos, sem nos culparmos a nós ou aos outros. O caminho, o Tao, a vida, é para ser vivida. Sem medos, sem preconceitos, sem receios. A resposta está na vida. A vida é a resposta. A vida é para ser vivida.

PENSAR

Como é que pensamos? Como é que formulamos os nossos pensamentos? Como sabemos que são nossos? Como é que temos consciência do que verdadeiramente pensamos? Questões que muitas vezes assaltam os nossos pensamentos. A tomada de consciência dos nossos pensamentos e a direcção que tomamos derivada desses mesmos é diferente de pessoa para pessoa, no entanto o acto de pensar ele mesmo, per si, é mais ou menos igual para todos. A qualidade dos nossos pensamentos varia muito com a qualidade do diálogo interior que sabemos ou não manter dentro de nós. Esse diálogo que nunca pára, nem mesmo quando estamos a dormir, é o fruto e dá frutos através da forma, como encaramos o nosso interior e o exterior. Quando sabemos manter um diálogo interior satisfatório, a qualidade das percepções que temos acerca de nós mesmos aumenta em termos de positividade e de uma auto imagem mais abonatória. Sendo assim, quando existem essas auto percepções, a nossa forma de encarar os outros e o relacionamento que com elas estabelecemos, também ficam valorizadas. Uma das formas pela qual podemos melhorar esse referido diálogo consiste em realizar leituras constantes e de exercícios de escrita regulares. Porquê? Em primeiro lugar, com leituras regulares, pertinentes, acuradas, podemos aumentar a nossa cultura e os nossos conhecimentos e também podemos ver à nossa frente aquilo que sabemos de antemão comprovado, materializado à nossa frente. Quando sabemos algo, sobre um determinado assunto, fruto das nossas reflexões e experiências, ao ler-mos algo que outra pessoa escreveu sobre esse mesmos assuntos e sistematizou essas mesmas ideias, temos a prova cabal de que aquilo que pensamos é certo, é concreto, também foi pensado e descoberto por outros, conferindo assim uma validação aos nossos pensamentos. Com a escrita, podemos dar forma, materializar os nossos pensamentos, vê-los à nossa frente e assim deixarem de ser abstracções, pensamentos imaterializados da nossa cabeça. Com o acto de escrever, também conseguimos dar vazão e deitar cá para fora o que pensamos, ajudando-nos a clarificar ideias, sistematizar conhecimentos e reflexões, dar lugar a que outros pensamentos possam entra, contribuindo para que o possamos fazer melhor, com mais qualidade, racionalidade e lógica. Tornando os nossos conceitos, juízos, normas, valores, moral, sejam mais preenchidos de informação, com mais referências, com mais significados de valor. Podemos também no próprio acto de pensar melhorar esse mesmo diálogo interior. O nosso pensamento faz-se a uma ou mais vozes. Que ecoam dentro de nós, muitas vezes aquilo que pensamos e a forma como o fazemos, parece vir de uma voz interior, que não controlamos muito bem e a qual ouvimos fazendo dela o nosso pensamento. Outras vezes, o pensamento assume a forma de um diálogo que realmente mantemos dentro de nós a várias vozes, quer seja sob a forma de pensamentos opostos, contraditórios, resultantes do confronto entre o correcto e o incorrecto, quer seja sob a forma de deduções puras, assentes em reflexões interiores, sobre as quais nos apoiamos, para podermos emitir um juízo de valor, uma opinião, etc… Devemos cultivar este diálogo existente dentro de nós, melhorá-lo, para que assim possamos evoluir intelectualmente, espiritualmente e tornar as nossas relações endógenas e exógenas cada vez mais satisfatórias e preenchidas, melhorando-nos e melhorando os outros como pessoas e seres pensantes. Como seres, tendo capacidades que podem cada vez mais ricas, mais abertas, mais vastas, aumentando a nossa compreensão do todo.

DE NOVO

Cá estou eu de novo outra vez após uma longa ausência. Espero que esteja tudo bem com voçês. Parece que o país não está assim tão bem como nos querem fazer pensar que está. Agora até querem impedir que os jovens façam o seu piercing ou a sua tatoo. Parece-me que os jovens já não podem ser irreverentes como todos os jovens devem ser, irreverentes, não obedecerem a convensões sociais, fazerem asneiras que são próprias da juventude. E mais estranho ainda é que este governo é de esquerda, socialista e a mim parece-me um governo de extrema direita. Querem mandar na justiça, juntar os poderes governamentais com os da justiça o que pode ser muito perigoso para o bem estar da nossa democracia, ainda bem que o psd quebrou o pacto da justiça impedindo assim esta tentativa de conçentrar mais poderes. A meu ver foi uma decisão sensata. Ontem a televisão anunciou que de acordo com dados oficiais a economia nacional abrandou, houve um desacerelamento do crecimento económico. Afinal de contas quando é que vamos sair desta crise que o país atravessa. O que é que este governo anda a fazer pelo bem dos portugueses? Fecharam dezenas de tribunais, dezenas de maternidades, de escolas, de centros de saude, os impostos aumentam, como é que se pode falar em acbar com os impostos como o iva, etc...
Não se pode dizer mal do primeiro ministro. Arriscamo-nos a levar sanções disciplinares, ser exonerados, demitidos, etc... Afinal de contas que merda de democracia é esta que temos agora em portugal? Temos que fazer alguma coisa para inverter esta situação que se agudiza cada vez mais, que só tem vindo a prejudicar os portugueses e o nosso portugal. Sózinhos n~ºao conseguimos inverter esta situação, mas todos juntos conseguimos.