domingo, abril 15, 2007

Depois do 25 de Abril o mal estar continua

Neste momento, passaram 33 anos depois da revolução do 25 de Abril de 1974, muita coisa mudou, ainda bem, no entanto gostava de abordar uma série de problemas que surgiram com a revolução e com a guerra colonial que durou 13 anos. A maioria dos portugueses tem na sua família parentes chegados ou mais afastados que estiveram envolvidos directamente na gueera colonial e em teatros de guerra, sofrendo com todo o tipo de situações e confrontos próprios de uma guerra. Sendo assim, vieram traumatizados, marcados pela guerra, trazendo uma série de sequelas mentais e psicológicas consigo, aquando do seu regresso a Portugal. Todas estas famílias sofrearm mais ou menos com esse facto. As relações entre pais e filhos, as relações entre os próprios, no trabalho, em sociedade, etc... Mas, ao contrário do que seria normal esperar de uma situação pós guerra, as pessoas não querem falar no assunto, continua por estar escondido, não é do dominio público, não se abordam este tipo de problemas e fenómenos sociais derivados de uma situação de guerra concrecta, que deixou muito mal o nosso país. Prefere-se não falar no assunto, pois poderia causar mal estar social, reacender velhos conflictos, reavivar velhos ódios, coiasa esquecidas,enterradas neste passado recente. Penso que era bom para todos se falassemos no assunto livremente, expurgar estes males sociais encobertos, escondidos para se fazer uma catárse social, pública, englobando todas as forças da sociedade, para que todos pudessemos enterrar estes fantasmas que pairam escondidos na nossa sociedade no nosso Portugal. A melhor forma de solucionar este tipo de mal estar social que continua a existir, seria falar dele na televisão, nos jornais, na rádio, com testemunos pessoais, com entrevistas aos intevenientes directos deste guerra colonial que parece que ainda não acabou na cabeça de muitos de nós prtugueses. Relatar experiências, falar livremente sobre o assunto, desmascarar estes males que continuam a minar silenciosamente a nossa sociedade, o nosso Portugal. Temos que enfrentar o problema de frente e não tentar esquece-lo, ignorá-lo, fazer de conta de que esta guerra não existiu. As gerações mais novas, como a minha sofreram na pele estes maleficios sem saberem muito bem qual a origem de tanto mal estar, de tanta incompreensão, de tanta dor escondida. As gerações mais novas têm o direito a saber, de saber a verdade dos factos, para que assim, tdos possamos continuar a nossa saga lusa sem estes fantasmas do passado a dificultarem na sombra o nooso caminho, a nossa evolução como povo, como nação, como portugueses.

1 Comments:

Blogger funk said...

Mais um texto sempre atento e lúcido.

A descolonização e principalmente a colonização merecia ser melhor estudada. Assim como os Descobrimentos.

7:19 da manhã  

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