segunda-feira, novembro 20, 2006

Olhares

Tudo é relativo, tudo é passível de ser verdadeiro, tudo é passível de ser falso. Depende do olhar de cada um. Como cada um olha e com que com que intenção. O que quer descobrir com o olhar com que olha. Pode-se ver a pior das coisas, vendo, olhando uma cena, um episódio inocente. Pode-se achar algo inocente, sem maldade, olhando para algo terrível, grotesco. O olhar, é a nossa maior fonte de conhecimento. Mesmo tendo os outros sentidos, só com o olhar, para quem não é cego bem entendido, é que alguém pode validar o seu conhecimento. Usamos, inclusive, expressões ligadas ao acto de ver para falar dos outros sentidos e fontes de aprendizagem ou conhecimento, `` viste, parecia mesmo o som de um carro, mas não era....`` Os olhos, podem e conseguem fazer a interligação entre e com os outros sentidos. Podemos sentir o odor a morangos, mas se não vir-mos os morangos á nossa frente, não temos a certeza de que realmente são morangos. Exemplos como estes, acontecem-nos todos os dias, a todo o instante. È preciso saber-mos como olhar. È preciso saber interpretar aquilo que vemos. A nossa forma de olhar, tem que ser desprovida de preconceitos, de preconceitos, ideias preconcebidas. Não devemos esquecer o que sabemos quando reparamos ou vemos algo ou alguém, porém, temos que faze-lo como se fosse a primeira vez, limpidamente, para que, perante o que observamos, possamos fazer a interpretação correcta, objectiva, clara, lúcida e não ver-mos o que queremos ou não ver.